guardo um seixinho do rio
(assim já não sente frio)
duas contas de um colar
que achei quando estava a brincar,
três fitas de seda amarela
(p'ra com elas me alindar
e o meu retrato a aguarela
alguém um dia pintar)
Mas também guardei, faz tempo,
quatro ondas do oceano
cinco nuvens brancas, brancas,
seis farrapinhos de vento,
sete grãos de pensamento,
oito sonhos por sonhar,
nove sorrisos futuros...
e dez mapas de um tesouro...
que nunca hei-de encontrar.
A.C.
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